Wuthering Waves

Classificação

4.85

Votos
1259
Data de Lançamento
22 de maio de 2024

Sobre o jogo

Wuthering Waves é um ARPG de mundo aberto e gratuito onde o combate rápido e vistoso se encontra com a loucura de colecionar monstros. Joga como Rover, aliando-te a guerreiros elementais chamados Resonators para enfrentares mutantes e roubares literalmente os seus poderes. Dá pulos entre telhados, corre por paredes até aos bosses e colecciona Echoes (habilidades de criaturas que equipas) para criares combos absurdos. É como o Genshin, mas com mais liberdade de movimentos e menos chatice de stamina. Atualizações frequentes, gacha, e muita teoria para construir equipas fazem com que o vício nunca arrefeça.

Análise

Wuthering Waves — A Minha Eco Engoliu um Urso (E Eu Gostei)

Vim pelo espadeiro anime, fiquei porque o meu urso-fantasma manda murros tão fortes que atira gente contra árvores.

Ninguém te avisa que o teu primeiro boss ia ser um calhau berrante capaz de largar um fantasma colecionável — e que esse fantasma ainda bate mais forte do que a tua própria arma. Wuthering Waves não te pega pela mão: atira-te de cabeça para um delírio visual cheio de combate rítmico e movimento fora-da-caixa. Pensei "eh, experimento meia horinha"... Três horas depois estava a deslizar de um arranha-céus enquanto o meu escaravelho de estimação se atirava a um mini-boss. É o verdadeiro caótico-bom.


Boss Fight? Levei na Ripa. Ri-me na Mesma.

Já morri tantas vezes em jogos que já perdi a conta. Umas com estilo, outras… nem por isso. Mas aqui? Parecia dança interpretativa. Estava eu a meio de uma escalada (sim, escalar paredes é mesmo uma coisa — e sim, é tão maluco quanto imaginas) quando vejo uma besta do tamanho de uma carrinha a breakdance em cima de uma ponte. Ideia brilhante: entrar à bruta só com o ego. Resultado: viajei de graça até à estratosfera.

E não é que me ri? Bem merecido, diga-se.

O combate aqui não pede licença — atira-se logo sem cerimónia. Cortar animações ao meio, aparar à reação, lançar skills de Eco no meio do combo, trocar de personagem em pleno ar como se fôssemos uns artistas. Não é aquela rotina do clique relaxado. Isto é balé de botões: rápido, confuso e viciante.

Voltei à carga, provoquei um ataque, aparo cravado, e lâmpada no cenário com a minha rapariga da katana elétrica. O urso-fantasma entrou em campo a rosnar. O combate acabou comigo a planar pela ponte como se estivesse tudo planeado. Spoiler: estava zero planeado.


Montei um Zoo Assombrado. Valeu Cada Minuto.

Ecos. Matas um bicho, às vezes ele deixa cair ele próprio… em versão fantasmagórica, pronto a ser equipado. Ganhas stats e… movimentos novos! Trovoada? Gorila. Murros-relâmpago atravessados? Escaravelho. Sim, é tudo tão fora que funciona.

Cada personagem carrega cinco Ecos — e as builds tornam-se picantes num instante. Stacks de crítico, esquemas de suporte, caos puro. Queres parecer que foste possuído por um exército de espectros da floresta? Avança sem medo.

O pior (melhor)? Colecionar estes bichos é um vício dos diabos. A certa altura esqueci-me do mapa e só queria caçar fauna paranormal. Fiz wishlist. Fiz lista negra fantasmagórica. O meu Eco favorito? Um cogumelo gigante que lança nuvens tóxicas. É nojento. Adoro-o.


Este Sistema de Movimento Devia Ser Crime

A dada altura alguém nos devs perguntou, "E se andar neste jogo fosse mesmo divertido?" Então meteram corrida sem estamina, agarrar-se a beirais, correr por muros, planar por penhascos... e deixaram-nos simplesmente abusar.

Explorar aqui é brincar num simulador de parkour. Vi um monstro Eco do outro lado de um vale gigante. Qual pessoa normal, dava a volta — eu perdi 45 minutos a fazer parkour pelas falésias. Cheguei lá. Não me orgulho.

Existe uma skill tree que só te faz mais rápido (e estranho). Num jogo em que está tudo a competir por atenção, o movimento ainda assim é a estrela maior.


A História… Está Lá. Mais ou Menos.

Tu és o Rover. Memória a zero. O mundo está feito num oito graças a um chilique cósmico chamado Lament. Toda a gente que te aparece à frente tem "aquele estilo": espadeiro sombrio, geek das engenhocas, fashion victim cheia de segredos. Vais lá tentando consertar isto... talvez.

O problema? A escrita anda devagarinho. Diálogos aos molhos como trabalhos de casa, vozes que parecem gravadas na arrecadação. Tentei sentir-me investido, a sério que tentei. Mas ao terceiro monólogo sobre entropia quântica ou coisa assim, desliguei por completo.

Felizmente, o mundo conta uma história melhor. Ruínas deixam-te lore. Os tipos de Eco dão pistas sobre desastres locais. Há mais sabor no silêncio do que nos textos. Parece tanga, mas funciona.


Free-to-Play? Mais Gordo do que é Normal

Sim, é jogo gacha. Banners, pities, moedas com nomes de bombas de banho. Mas no início? Dão-te imensa coisa.

Em poucas horinhas já tinhas equipa completa, umas quantas armas 4 estrelas, e caricas suficientes para sacar unidades potentes. Até chegas a escolher a tua 5 estrelas, acredita.

Claro, depois baixa-se a torneira. Mas o arranque? Muito mais simpático do que a maior parte da concorrência. O melhor — nunca precisei de gear meta ou de gastar dinheiro para derrotar bosses. Fui vencendo só com Ecos apanhados atrás de cogumelos psicadélicos na floresta. Aqui não há deuses do gacha mandões.


Loop do Grind — Mas Sem Dor

Quando termina o tutorialzinho, Wuthering Waves fica surpreendentemente acolhedor. Entras no ciclo: explora áreas malucas, caça fantasmas bugalhudos, melhora a equipa, limpa os diários, mergulha em eventos. Salas de puzzles? Check. Bosses épicos? Check. Eco contra Eco? Sempre.

O interface é um caos no início — abri três menus só para melhorar umas botas. Mas passado o período de adaptação? Flui bem melhor do que parece. Monta builds, experimenta, mete um Eco ao calhas, descobres uma combinação absurda. Repete sem sentir enfado.

Os eventos vêm depressa, e nem todos são palha. Uns mudam regras do combate, outros dão-te personagens emprestados para testares. Se és do tipo min-max, este jogo dá-te o parque de diversões inteiro.


Problemas de Lançamento, Bugs e Fantasmas Glitchados

Pois, o lançamento foi hardcore. Quebras de frames, texturas invisíveis, bosses atravessados como pinos de boliche fantasmagóricos. Tive um que saiu do mapa a meio do combate e puff, sumiu-se no além. Entrei em pânico, claro.

Dito isto, os patches têm caído rápidos. O desempenho melhorou bastante. E os devs? Parecem estar atentos ao feedback. Ainda assim, se jogas num telemóvel de 2017 ou se a tua gráfica chia só de abrir o Chrome, convém baixar as definições.


Veredito Final: Eco Sim. Cutscenes, Dispenso.

O meu DPS principal é um escaravelho, o colega do lado é um cogumelo amaldiçoado, e a equipa parece saída de uma rave paranormal. Wuthering Waves é estranho, mas resulta que se farta.

A história é fraquinha, as vozes estão ao nível reunião Zoom mal gravada. Mas o combate? O movimento? O sistema de Ecos? Caos maravilhoso.

Aqui não és alimentado a conta-gotas — és atirado de cabeça para a festa da dopamina. Vale a pena.

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