Raid: Shadow Legends

Classificação

4.5

Votos
872
Data de Lançamento
1 de julho de 2018

Sobre o jogo

Este jogo é um RPG de equipa super elegante onde colecionas campeões como se fossem Pokémon, equipas-nos a preceito e mandas-nos para a batalha em masmorras, arenas e uma campanha estranhamente viciante. Imagina um xadrez de fantasia, mas com peças equipadas com armaduras épicas que de vez em quando lançam bolas de fogo.

Análise

Raid: Shadow Legends — Fantasia, Excel e muita espada à mistura

Já tropeçaste nos anúncios. Já reviraste os olhos. Já soltaste aquela risada de meme. No meio do marketing do “nível meme” e daquele tipo com a espada a brilhar, Raid: Shadow Legends explodiu. Por isso, decidi fazer o teste. Instalei. Joguei demasiado. E agora tenho opiniões. Quase todas envolvem folhas de cálculo, venenos e um elfo com ar de quem precisava era de férias.

Instalei Raid Para a Galhofa — Agora Sou Team Kael

Sabia ao que ia. Quem nunca esbarrou com Raid: Shadow Legends? Mesmo que nunca toques, de repente tens um orc a gritar contigo a meio de um vídeo do YouTube.

Mas a curiosidade matou o gamer. Tinha de ver se havia sumo para além dos anúncios ridículos e dos gajos hipertrofiados de armadura. Carreguei no instalar. PC, telemóvel — tudo ao molho. Não estava minimamente preparado para isto ser tão fundo quanto o Excel do teu patrão.


Porque É Que O Kael é O ÚNICO Começo Que Conta

Aquela cutscene inicial? Parece que alguém despejou cinco energéticos num D&D e chamou o trailer duma Marvel qualquer. Dragões. Traições. Elfos a evaporar. Check.

E quando chega a parte de escolher o campeão inicial: quatro opções? Seja sério: ou Kael, ou estás errado. O rei do veneno, ratazana de masmorras. Tem cara de não dormir desde o tutorial e cheira, provavelmente, a remorsos mágicos. Adoro-o.

Naquela primeira hora, isto é olhar para setas e carregar em verde como se o jogo fosse fiscalizar incêndios. Raid deixa-nos presos no tutorial até termos diploma em seguir setas. Depois, alarga-te um bocadinho a trela. Mais ou menos.


Menus Para Todos os Gostos. E Todos Importam.

Sinceramente, o menu deste jogo era digno de novela turca: camadas sobre camadas, abas dentro de abas, pop-ups a saírem de tudo. De repente abri um Cofre que nem sabia que tinha. Pânico momentâneo.

Há uma Taberna para sacrificar fracos, uma Forja para brinquedos, mais moedas que a bolsa de Westeros. Ainda não sei bem para que serve a prata. Para tudo, ao que parece.

Mas — surpresa — tudo faz sentido. Cada sistema alimenta o próximo, tipo buffet amaldiçoado. Querias bater no Chefe do Clã? Toca a afinar a equipa. Queres torrar aranhas? Traz campeões de queimadura e faz figas. Raid não ensina, atira-te a calculadora e diz “Faz pela vida”.

O modo automático ajuda. Vais usar. Muitas vezes. Zero vergonha.


Speed Tuning: Um Evento Traumático Com Final Feliz

Horas depois já vou de campanha em campanha, Kael a rasgar tudo. Invencível? Achava eu. Eis que chego ao Nível 7 e: "Toma lá disto."

Vem um esqueleto com espada comprida e cara de poucos amigos. Varreu a equipa toda num piscar de olhos.

Afinal, não basta subir de nível. Importa a ordem, a sinergia, e claro: speed tuning. Pensa em coreografia, mas toda a gente está armada e pouco se suporta.

Não fazia ideia do que era um "speed aura". Agora sei. Ainda tenho pesadelos.


Arrependimentos e Sacrifícios — Dei de Comer a Uma Épica

Terceiro dia. Sai uma épica num shard. Festa. Olho bem. Meh…

Dei-a de comer ao Kael.

Mais tarde descubro que era tier A na Arena e podia ter levado metade do jogo de arrasto. Incrível. Só rir para não chorar.

Não gritei. Fiquei quieto. Senti o espírito a sair do corpo.

Este é o espírito de Raid: Dá-te prendas, deixa-te errar e depois observa-te em silêncio, estilo pai desiludido.

Lição aprendida: Pesquisa antes de clicar em coisas.


Arena PvP: Onde os Free-to-Play Choram Enquanto Juram Vingança

PvP em Raid? Uma carnificina autêntica. Entras todo confiante, pronto para glória, e sai um tubarão com seis Lendárias douradas a passar-te por cima.

Mas ainda resta esperança. Podes ser mais esperto. Mais rápido. Ou então atacar só equipas mais fraquinhas e fingir que és um génio da tática.

Eu cá andava sempre a mexer — mudei defesa, apanhei vitórias fáceis. Dei por mim demasiado envolvido. O café arrefeceu, a vida parou.


O Chefe do Clã — Leva no Osso e Ainda Pede Mais

O Chefe do Clã é aquele muro de carne que a malta castiga diariamente. Ele nem pestaneja. Só manda a equipa voar e prossegue com a vida.

Mas se a equipa alinha, os debuffs encaixam e aquilo tudo dança? É poesia caótica. Tipo uma fila de dominós a explodir em cheio.

Aqui é onde Raid brilha para os nerds: sets de artefactos, cooldowns, acrobacias de turnos. Se entras sub-equipado, esquece. É como coçar um Godzilla com esparguete.

Mas quando sacas aquele dano com sete dígitos? Obra de arte.


Free-to-Play? Boa Sorte — Traz Uma Folha de Excel e Paciência

Energia é simpática ao início. Depois aperta. Muito. Vais guardá-la como se fosse água num deserto.

A seguir chegam as Maestrias. As Ascensões. Poções. Shards para apostar. Subir gear. É grind em cima de grind enrolado em mais grind ainda.

Ou desistes, ou aceitas. Folha excel aberta, playlist a bombar e fé na vida.

O prémio? Quando, finalmente, aquela equipa destrói aquilo que te destruía há dias — sabe a glória.

Isto não é jogo de fim-de-semana. É estilo de vida. Barulhento e cheio de tabelas.


Pequenas Vitórias, Grandes Emoções

  • A primeira peça de gear 4 estrelas do Covil do Dragão. Print feito, parecia diploma universitário.
  • Kael aplicou triplo veneno num boss — ri-me que nem um perdido.
  • Ganhei a uma equipa de tubarões na Arena a pura velocidade com um suporte. Sabor a vitória.

Raid é mestre em fazer-te sentir génio, mesmo se estiveres só a copiar aquela equipa do Reddit. Quando o plano maluco resulta? Não há sensação igual.


Mas, Vale a Pena?

Achei que isto ia ser só piada. Três semanas depois, já mexo em spreadsheets e pensei juntar-me a um Discord para discutir “taxa de drop de gear”.

Sim, Raid é espalhafatoso. Dá-lhe grind como poucos. Faz olhinhos à tua carteira que é um perigoso… mas tem profundidade a sério.

Se curtes “tática miudinha”, turnos e gritar com o telemóvel quando o suporte faz asneira, vais sentir-te em casa.

Mas por amor de Kael, não deis de comer às vossas Épicas. Não se aprende assim — aprendi à minha custa.

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