Taonga Island

Classificação

4.09

Votos
1354
Data de Lançamento
1 de abril de 2016

Sobre o jogo

Taonga: The Island Farm leva-te para uma ilha banhada pelo sol, onde cocos, tarefas e plantações se cruzam. Vais reconstruir um paraíso, ananás a ananás, explorar ilhas vizinhas e fazer novos amigos enquanto alimentas as tuas alpacas. Uma mistura tropical de agricultura, aventura e diversão garantida.

Análise

Taonga: Critica – Agricultura, Amizade e Ananases Com Propósito

Cheguei à Ilha Taonga a pensar que ia encontrar um simulador de agricultura à beira-mar, daqueles básicos de plantar milho e dar milho às galinhas. Afinal, dei por mim a resolver enigmas, trocar cana-de-açúcar por relíquias ancestrais e — sem dar por isso — a criar tantos alpacas que já devia pagar imposto. O jogo começa como se fosse aquele escape tropical relaxado, mas não tarda enche o prato: aventuras inesperadas, relíquias ocultas na selva, um sistema de trocas digno de feira, e vizinhos mais amáveis do que esperava. Pensando em assentar arraiais? Vê lá bem no que te vais meter.


Sem Querer, Tornei-me Dono de um Império de Ananás

Taonga começa como mandam as regras: carta suspeita, barco duvidoso, promessa de terra à borla. Achei que ia ser coisa tranquila — cocos, talvez uma mangueira. Nada disso. Passados cinco minutos já estava a fazer nós e a montar um cais. Uma hora depois? Moinhos, alpacas por todo o lado e mais cocos do que o que é saudável.

Isto acelera a sério. Num momento estás a apanhar ananases, no outro já andas a limpar lixo da selva e a trocar missangas com habitantes que têm claramente um segredo qualquer. Tem cara de simulação agrícola. Não é. É um arquipélago inteiro, cheio de mistérios, e sim, o teu medidor de energia vai sofrer.


Agricultura Com Missões de Pirata à Mistura

Sim, plantar é importante. Mas não penses que aqui vais ficar a contemplar o milho a crescer. Plantas trigo? Plantas. Fazes tartes? Também. Mas depois trocas essas tartes para cair nas boas graças de um pirata com cheiro a açúcar queimado, que só aparece quando ficas sem mangas.

Aqui não cultivas por lazer. Cultivas porque alguém precisa do barco remendado antes da lua cheia — ou lá qual é a desculpa da próxima missão. É um caos pegado, mas resulta.

Tudo está ligado a outra coisa. Anda tudo às voltas: plantações, edifícios novos, máquinas, viagens de barco planeadas. Não é xadrez, mas é dose para manter as engrenagens mentais a funcionar. E a vista para o mar até é simpática.


A Verdadeira Magia Está nas Ilhas

Taonga parece que te quer manter na base. Mas não tarda, já andas a saltar de ilha em ilha.

Cada ilha nova é meio alucinação em miniatura. Num instante estou a traduzir enigmas de pedras antigas, no outro a perseguir um papagaio viciado em papaia. Não são só mapas de recursos; têm personalidade. E volta e meia lá vai a tartaruga marinha a passear com ares de dona da praia.

Exploras, trazes bugigangas, voltas com coisas que nem sabias precisar. Mantém as coisas com tempero.


A Energia é a Verdadeira Chefe Aqui

Tudo gasta energia. Relva? Dez. Árvore? Vinte. Aquele arbusto suspeito? Trinta, no mínimo. A energia vai repondo com o tempo, ou mais depressa se te enfardares de batidos ao ponto do dentista se preocupar.

Ao início, controla-se. Planificas. Sentes-te esperto. Mas depois — de repente — tudo aperta. Mesmo a sério. Lá estás tu enfiado no meio da selva, a dois passos de acabar uma missão importantíssima, e... Puff. Ficas sem combustível.

Claro, há a loja e os packs de energia. Não andam com empurrões, o que é simpático. Mas entre esperas, planos e uma fúria devoradora de snacks exóticos, ninguém te larga a mão.


Alpacas, Oficinas e Trabalhos Estranhos

Os bichos são fofos. Só que também metem respeito, visto o ritmo de produção. Galinhas, cabras, vacas e — sim — alpacas. Imensas alpacas. São elas que seguram este sistema todo de pé.

Dá-lhes de comer. Faz festas. Colhe-lhes o pelo. Isso serve para manter a fábrica de compotas a bombar. Mais normal, impossível.

Depois, vêm as oficinas. Primeiro, é o pão. Depois a compota. Num piscar de olhos, já andas a fazer tartes de fruta caramelizada para um mercador ambulante, em troca de madeira exótica. Nem percebo como é lógico, só sei que funciona.

Há tecelagem, ferraria, linha de montagem de geleias. Soa caótico, mas tudo encaixa — tipo Lego tropical à moda do caos. E tu ali, de chinelo no pé, a conseguir milagrosamente segurar tudo.


Os Vizinhos São Um Espetáculo À Parte

Há modo multijogador, mais ou menos. Podes visitar quintas de amigos, enviar prendas, partilhar energia. Sem pressão, muito relaxante.

O melhor mesmo é espreitar. O ranking mostra como outros fazem as suas ilhas. Uns viram jardineiros artísticos, cheios de sebes e lagos fabulosos. Outros montam um império industrial bovino. Honestamente? Os dois inspiram. E assustam um bocadinho.

Não és obrigado a socializar. Mas quando acontece, sabe bem. Às vezes o vizinho tem mesmo aquele item obscuro que precisas. Salva-te a pele. Mandas-lhe um batido. Ficam ambos a ganhar.


O Que Fazer Quando Ficas Sem Energia

Mais cedo ou mais tarde — na verdade, ao fim de uma hora — bate o bloqueio. Energia foi-se. Colheitas estão verdes. O barco anda meio mundo fora sem prazo de regresso. Parabéns, entraste no modo "espera".

Mas, na realidade, isso tem piada?

Taonga não foi feito para maratonas. É mais como... jogo à laça, para petiscar. Vais lá, fazes umas coisas rápidas, sais. O jogo respeita o teu tempo — mesmo quando quase te puxa para fazeres "só mais isto".

Sim, a meio pode abrandar. Abres ilhas novas, mas o ritmo baixa, a não ser que tragas folha de Excel ou cartão de crédito. Se o levares como app de fundo para distração? Perfeito.


Sem Drama, Só Bom Ambiente

Visualmente isto é sol, fruta, daquela boa onda. Nada super infantil. Só boas energias. Os animais são queridos; as personagens, um bocado doidas. As missões têm aquele tom ligeiro, mas são bizarras e cativantes.

Sem combates. Sem contagem decrescente. Sem eventos stressantes. Fazes compotas, navegas para ilhas misteriosas, apanhas jade para uma avó pirata reformada. É caos suave — e adoro isso.

Se gostas de loucura aconchegante de ilhas tropicais, então isto é para ti.


Veredito Final: Do Milho a Guru dos Ananases

Quando saquei isto, pensei: "Vou ali plantar uns tomates para descontrair." Duas semanas depois, já estou no fabrico massivo de tartes de fruta e a erguer altares para um deus-tartaruga. Não tenho orgulho — mas também não paro.

É assim Taonga. Ganha-te, não pelo hype, mas pelo ataque de alpacas. Imensas alpacas.

Queres lutas épicas ou loot lendário? Aqui não encontras. Mas se o que procuras é um mundinho marado onde entras com batido na mão e zero expectativas? Vai lá montar o teu império de ananás. Quando deres por ti, já não sais.

Ah — e leva snacks.

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